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OBJETIVO - CICLO DO E-LIXO

 

Visão Geral - Nos últimos anos, cada vez mais pessoas têm se ocupado de questões relacionadas ao lixo eletrônico. Quem acompanha este problema já conseguiu perceber que a situação é realmente crítica: com a aceleração da produção e do consumo de eletrônicos, o volume desse tipo de descarte cresce exponencialmente, deixando o planeta sem espaço para armazenamento e ainda menos capacidade de reciclagem.

 

A julgar pela maneira como as coisas são hoje, as alternativas para resolver esse tipo de problema são insuficientes. Precisamos mudar.

 

Produção e Consumo

 

A produção e o consumo de eletrônicos são elementos totalmente interdependentes. A indústria, com forte apoio da mídia (não só a imprensa especializada em 'informática', mas também a imprensa de variedades e em grande medida o entretenimento), se esforça constantemente em criar uma ilusão de obsolescência, lançando periodicamente novos equipamentos com inovação incremental - aquelas poucas novidades que vêm devagar, um pouquinho em cada nova versão.

 

No outro lado do espectro de consumo, as pessoas que não se importam com estabilidade, mas dão importância à novidade e à descoberta se veem em um mundo de novas funcionalidades e novos usos em potencial que hoje já é inapreensível: pouca gente consegue saber todos os usos possíveis para um computador ou um celular. Basta lembrar que não mais do que quinze anos atrás, muita gente já tinha aparelhos de videocassete que tinham um monte de funções para agendar gravações, mas ninguém sabia usar.

 

Hoje em dia os videocassetes são peça de museu, mas essa condição se espalhou para diversos outros aparelhos. Conheço muita gente que até hoje não consegue nem enviar um SMS, mas tem telefones celulares com câmera, MP3, rádio, wi-fi e outras coisas. Aquelas poucas pessoas que sabem usar tudo isso tampouco se satisfazem: é só aparecer um aparelho que tenha uma função a mais (hoje em dia é o multi-touch ou o 3G) e já se desfazem dos "antigos". Isso tem nome: obsessão ou compulsão.

 

Muitas empresas têm plena consciência disso tudo e acreditam, como já é típico, que fechar os olhos elimina os problemas. Isso não é verdade. A situação do lixo eletrônico está totalmente desequilibrada: a quantidade de descarte produzido a cada mês supera em muito a capacidade de absorção e reciclagem do sistema produtivo.

 

Descarte e Reuso

 

Uma vez encerrada a etapa inicial de consumo e uso de eletrônicos, ou seja, depois que a pessoa ou organização que comprou determinado equipamento já o usou ao máximo, ainda existe uma série de alternativas antes do efetivo descarte para a reciclagem. A sociedade do excesso é também a sociedade do desperdício. A cada ano, entre os milhões de equipamentos eletrônicos que vão para o lixo, literalmente se joga fora a oportunidade de ajudar muita gente.

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